De casamentos, ritos e espectáculos

Ao longo do tempo, a IDG tem recebido petiçons para a celebraçom de “casamentos celtas”. Na maior parte das vezes isto é feito com um interesse honesto, tentando marcar umha ocasiom especial com um detalhe de respeito perante o nosso legado cultural. Contudo, a celebraçom de “bodas celtas” parece estar na moda a maneira de espectáculo ou divertimento, despojado em grande medida do seu significado real (mesmo adaptando ao S. XXI) e, por suposto, religioso.

Claddagh
O símbolo de Claddagh, normalmente apresentado num anel, representa o amor, lealdade e amizade. É um presente muito frequente entre desposantes ou simplesmente entre amigos muito chegados. As suas origens conhecidas o situam em Galway (Irlanda), zona de forte conexom galaica.

Alarmam-nos detalhes já nom só em relaçom ao aguardado rigor histórico, onde poderiam se debater algumas interpretaçons, senom a cousas mais concretas como meros interesses económicos, a ingenuidade de quem pensa estar em presença dum autêntico druida ou druidesa ou a contradiçons enormes, como supostos ritos patrocinados por umha associaçom de caçadores.

Explicando um bocado estes aspectos, desde a IDG considera-se que todo rito a serviço do Clã deve ser gratuito (além de despesas óbvias), ou que um druida ou druidesa que se chame tal deve ser alguém aclamado polo seu próprio Clã, com umha filiaçom demonstrável e/ou reconhecido por ordens druídicas reputadas. Igualmente, todas as entidades druídicas oficiais do Estado (e nom só) barram da prática da Druidaria no seu seio a quem se dedicar à chamada “caça desportiva”, medida que a IDG tamém adere, com o que resulta bem estranho que alegadas celebraçons druídicas contem com esse tipo de patrocínios. Por último, indicar que o Lugnasad (Seitura) deve começar com o calor do mês de Agosto, umha das épocas de casamentos, nom quase trinta dias depois…

Fica tudo na boa se os supostos oficiantes e participantes som conscientes destas consideraçons e entendem e anunciam a tal festa como simplesmente isso, um teatro sem mais, mas que ninguém se iluda: nom é Druidaria e portanto nom deveriam comerciar nem com os seus nomes, nem com as suas deidades, nem com parte da sua parafernália. Nom deveriam enganar a quem sim possa acreditar que tal escenificaçom teatral é religiom a sério.

Temos que indicar, mais umha vez, que a IDG é ante todo umha agrupaçom religiosa, nom um simples grupo de recriaçom histórica ou associaçom cultural. Por isso, e com todo respeito, a IDG só pode ajudar a organizar tais ritos se as pessoas forem Caminhantes druídicas demonstráveis ou, no seu caso, pessoas que aceitaram os preceitos da Druidaria e se formaram nela, entendendo o que um casamento significa, ou se mesmo é aconselhável ou necessário; na maior parte dos casos nom é, devido à carga patriarcal de influência cristá que enchoupa tudo na nossa sociedade actual e que demora ser eliminada.

 

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