Nestas datas de verám muitos e muitas de nós gostamos de interagir ainda mais com a Natureza, seja mediante passeios de montanha ou banhos na praia, desfrutando de tudo o bom que tem para dar este mundo no que vivemos. Normalmente fazemos isto aproveitando as jornadas de férias bem seja por prazer, por saúde, por instinto, ou pola forte chamada que toda pessoa Druidista sente cara a nossa fonte de inspiraçom primordial e foco de reverência central que é esse mundo natural.
Contudo, é imprescindível sabermos estar na Natureza, sendo cientes que nada nela devemos perturbar, danar nem sujar. Antes o contrário, como Druidistas devemos protege-la e cuidá-la ao máximo das nossas possibilidades. Assim, devemos estudar e compreender como funcionam os ciclos naturais, os ecosistemas que visitamos, os hábitos e ritmos dos animais… É umha actividade fascinante nela mesma que, tamém, contribui decisivamente à nossa experiência espiritual profunda, pois poderemos interiorizar de forma efectiva a realidade do nosso redor.
Por isto é importante repetir que nós somos Natureza e a Natureza está em nós, e com isto assimilar que as plantas e árvores, animais grandes e pequenos, montanhas, rochas, praias ou o mar, rios e lagos, nom estám aí só para o nosso mero divertimento senom que som parte de nós e nós parte deles. Nomeadamente, os animais som os nossos iguais e nom existem “para nós” ou para “o nosso uso”, umha ideia totalmente errónea mas por desgraça firmemente ancorada nos ensinamentos derivados do cristianismo cultural no que a maioria de nós foi educada.
Como especificamos na nossa secçom de Perguntas Frequentes – FAQ, os animais nom-humanos som os nossos companheiros de vida, seres doutras espécies com quem nos relacionamos e estabelecemos, de facto, vínculos emocionais. Deixando agora de lado interpretaçons simbólico-religiosas, criam-se com eles e arredor deles umha série de dinâmicas que estám sempre sob escrutínio moral e ético pois as suas condiçons de vida, a sua própria vida, está nas nossas mans. Somos responsáveis por eles assim como somos responsáveis polo cuidado de todo elemento natural ou ser inocente que, sem opçom, pode se ver afetado polas nossas acçons “inteligentes”.
Deste jeito, lembramos novamente que a IDG subscreve a Declaraçom Universal dos Direitos Animais e que mantém umha política de tolerância zero em relaçom ao maltrato animal. Aliás, a prática de “desportos” com participaçom animal ou a chamada caça e pesca “desportiva” é incompatível com a pertença à IDG.
A premissa realmente é muito simples: deixa os bichos estar; se gostas deles, cuida deles, nom os amoles.
Seguindo esta linha de pensamento abrimos aqui um ponto de reflexom totalmente lógico que tamém figura no nosso FAQ: como seres conscientes e sensíveis que som a pergunta é se podem ser utilizados como fonte de alimento. Isto pode ser respondido com outras perguntas: precisamos realmente de animais como fonte de alimento hoje em dia na nossa sociedade? Temos direito a dispor das vidas doutros seres que nengum mal nos figeram à nossa vontade? Em base a quê? A resposta é, acreditamos, negativa em todos os casos.
Persevera-se no uso e consumo de animais por puro egoísmo ou comodidade – ou por um mero ganho económico (nomeadamente o lobby da caça na nossa terra e a indústria da carne, só interessada no seu próprio benefício) – forçando-os no processo a um sofrimento brutal inegável e amplamente demonstrado. Tal comportamento é ilógico e cruel nas nossas coordenadas sociais e históricas actuais.
A escolha é pessoal, porém encorajamos a toda pessoa Druidista a pensar, informar-se com rigor e explorar as múltiplas opçons do vegetarianismo ou o veganismo como alternativas a possíveis conflitos éticos.
Polo demais… boas férias! Desfrutade da Natureza, cuidade-a, cuidade-vos 🙂
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