
Hai já semanas que acompanhamos os diferentes protestos polos planos para criar novos (mal chamados) “parques” eólicos.
A estas alturas som já mais que evidentes as intençons puramente económicas de grandes corporaçons energéticas que, com o apoio necessário das autoridades de turno, querem vender como “energia verde” um método de produçom de eletricidade que pode resultar tam daninho como qualquer outro.
Daí nasce a Rede Galega Stop Eólicos, que soma na Galiza mais de 150 entidades e tem presença territorial em mais de 20 concelhos. Este movimento de base reactivou-se num país (que já vem sofrendo o espólio energético hai décadas) após a tramitaçom de nova legislaçom desenhada para abrir as portas a centos de instalaçons industriais de moinhos ainda mais brutais, algo que só pode afundar na depredaçom para alimentar um monstro e deixar mais miséria (de todo tipo) a longo prazo.
Como Druidistas queremos unir a nossa voz às chamadas pola defesa do património, cultural e natural, que é literalmente arrasado cada vez que umha dessas colunas de metal penetra o nosso cham.
Sabemos que cada um dos moinhos clava-se metros adentro para na altura fazerem barulho e triturar aves e morcegos. Sabemos que rebentam habitats e ecossistemas, que alteram o magnetismo da zona que ocupam, por causa deles mesmos e polos quilómetros e quilómetros de cabos e redes que componhem as suas imundas raízes. Sabemos que quebram o ciclo da auga, que favorecem a erosom e ainda por cima destroem restos arqueológicos e cultura material. Sabemos que afectam a circulaçom local dos ventos porque erguem-se como umha muralha grotesca que assusta a vista e fai encolher o coraçom. Sabemos que esnaquiçam a paisagem cultural e desvalorizam, literalmente, a terra.
Sentimos, como Druidistas, que som tamém um autêntico atentado e ataque contra o nosso património espiritual, pois profanam obscenamente alguns dos nossos lugares mais sagrados. Desde a dorsal do Morraço ao Bolo, desde O Rosal a Vilalba. Nos nossos cúmios, montanhas ou outeiros, abrem feridas com difícil cura.
A alternativa é clara: umha mudança no modelo energético que racionalize consumos, priorize o mínimo impacto possível e que, principalmente, nom sacrifique o território e repercuta só no benefício da sociedade.
Portanto, a IDG nom pode mais que apoiar as reivindicaçons e actos que se vam levando a cabo, achegando a sua peculiaridade como entidade religiosa oficial.
Reafirmamos, porém, o compromisso da IDG com a defesa da Natureza, do Património e da Galiza, pois a nossa nom é umha religiom passiva ou meramente contemplativa, senom que toma sentido pleno caminhando lado a lado com a sua gente. Assim foi e assim será sempre.
